Tuesday, July 15, 2008

Desejos 2008.

1°) Casa nova! Apartamento com cara de casa ou uma casa de vila. Um lugar para chamar de meu! Brisa batendo, cheiro de incenso no ar, cada livro com seu lugar. Cozinha vermelha, com cheiros de temperos. Tem que ter uma banheira!
2°) Um amor novo. Livre!
3°) Um cachorro. Pra eu poder acarinhar e que me abane o rabo quando eu chegar em casa!
Não é tanto assim. É?

Monday, April 28, 2008

Brisa.

Madrugada de terça. cabeça pensando. mãos escrevendo.
tic-tac do relógio. Lá fora, a lua minguante. Luzes acesas ao fundo, no horizonte que é niterói.
Norah no som, desejo no corpo.
Morfeu chamando. Me deixo possuir...

Saturday, March 08, 2008

Vermelho.

Às vezes eu gosto de ver o sangue que me escorre pelas pernas... É vermelho, intenso, vivo...
Gosto porque me faz lembrar da minha função de fêmea... àquela ao qual fui destinada quando
vim ao mundo...
Dentro de mim existe um outro mundo: quente, latejante, úmido, único. E esse mundo espera paciente e ardentemente o dia em que será habitado...
Enquanto esse dia não vem, continuo sorrindo... vendo o sangue que todo mês me escorre pelas pernas...

Monday, March 03, 2008

Meu ano começa agora.

Fim de noite. Fim de mais um dia. Mas não um dia qualquer, um mero "mais um" assim ao acaso da vida. Falta pouco para o fim do dia que foi meu! Ainda está sendo, afinal somente à meia noite, quando soarem as doze badaladas é que a carruagem voltará a ser uma abóbora...
Todo ano é assim. Indiscriminadamente. Chega o dia em que eu volto o meu olhar pra mim mesma, na tentaiva de conseguir enxergar, ver quem eu me tornei no ano que se passou. A cada ano as marcas aumentam. Uma gordurinha a mais aqui, uma linha de expressão ali, cabelos mais longos...
Assim como 'as águas de março' que fecham o verão, neste dia se renovam as as promessas de vida no meu coração... todo ano é assim.
Aqui da minha cama, de frente pra janela que se torna moldura pra Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, vejo também as pequeninas luzes lá de Niterói, do outro lado. É bonito de se ver...de olhar. Talvez alguém do lado de lá também esteja comemorando seu dia, assim como eu.
É bom ter um dia do ano que seja só pra gente. É bom ouvir o telefone tocar e ao dizer alô, ouvir uma voz amiga cantando 'Parabéns pra vc', um ' Feliz aniversário'. É muito bom saber-se amada, importante, saber-se amparada por todos os lados. Às vezes a correria da vida nos faz esquecer... mas eles nos lembram... esses amigos amados.
E é bom saber que aconteça o que acontecer, haja o que houver, o meu dia vai estar sempre lá, me esperando pra nascer por detrás do morro, me acordando com a brisa da manhã, no mesmo dia 3 de Março de um ano qualquer...
Daqui a 16 minutos soarão as doze badaladas e a carruagem voltará a ser uma abóbora, mas eu com certeza não deixarei de ser quem eu sou e esse dia será pra sempre meu.
Feliz Aniversário!

Sunday, February 24, 2008

Método Fátima Toledo

No primeiro dia segurei bexigas no ar, atenta para que não caíssem no chão. Depois, encumbiram-me da tarefa de estourá-las. Então eu o fiz.
No segundo dia me negaram um abraço... me desesperei. Chorei, esperneei, enraiveci. Chorei de novo, até cansar...
Tive que agredir e ser agredida. Tapas na cara dóem, puxões de cabelo também. Tarefa nem sempre agradável essa de agredir. Mas memso assim o fiz.
Conquistei hematomas pelo corpo. Me joguei, de cabeça... sem saber onde ia dar.
Todo processo tem um início, meio e fim. Esse teve um início desconfiado, um meio de entrega e o fim com gosto de mais.
Quem sabe em breve?
Volto pro Rio. Mas já sem hematomas...

Postagem atrasada.De outro dia.

Lágrima: brota no canto olho.. tímida, envergonhada.
Coração: acelera, querendo sair pela boca. Tempo.
Grito: cresce dentro em mim. Engulo. Ecoa... pra dentro.
Sangue: fervilha entrando em ebulição.
Olhos: ardem e se lavam.
Voz: Falta.
Corpo: Cansa.
Sono: Vem e me leva....

Pensamentos soltos.

Saudade amontoada.

O álcool entra e a verdade sai.

"Não é?"

Amores amigos na Tailândia.

Hematomas pelo corpo. Sumindo...

Rio. Volta. Casa. Cama. Mãe. Puga. Pão de Açúcar e sol da manhã.

Desejo - Necessidade-Vontade.

Busca contínua.

Paz.

Pacato ou Gato-guerreiro?

Disseram-me esses dias para que eu observasse minhas máscaras. Difícil... mas eu observo. Observo em meio à névoa dos pensamentos, a embaçadez da vista míope, tentando achá-la, essa tal máscara.
Pois bem... Confesso. Não sou tão forte assim. A fortaleza que externalizo esconde uma sala de vidro, cheia de cristais. A leoa não passa de uma gata manhosa, dengosa, que ou se entrega aos carinhos afagos dos que conquistam sua confiança, ou mostra as unhas e os dentes eriçando os pelos preparando-se para o ataque-defesa.
É isso. A leoa não passa de uma gata. Assim como o "gato-guerreiro" não passa de um tigre medroso chamado Pacato.

Monday, February 18, 2008


Dançar à dois é uma arte.

No vai e vem da música, entre piruetas e rodopios,

se você perde a contagem, sai do compasso.

O tal do dois pra lá, dois pra cá nem sempre é tão fácil.

Na dança só se deve dar um passo se o companheiro também o der,

se não corre-se o riso de pisar no seu pé, coisa desagradável não é?

Rimas à parte, caso isso aconteça, o melhor é parar a dança. Recomenda-se que se for o caso, seu companheiro a segure firme pela cintura, levando-a num leve e delicado andar, até novamente voltar a acertar o tal do dois pra lá, dois pra cá.

Então, se os dois conseguirem retomar o compasso, que continuem juntos rodopiando pelo salão,

concentrando-se e olhando nos olhos, sentindo ambos a pulsação...

Um, dois,

Um, dois...


Revelação em P&B.


Às vezes eu sou assim... meio colorida, meio preto e branco,
meio sorriso, meio lágrimas.
Meio sol, meio chuva, às vezes até casamento de viúva. ( Com arco-íris pra complementar.)
Às vezes quero ir, às vezes páro, estagnada e estarrecida sem saber pra onde ir...
Não raro fico assim, confusa e ansiosa,
um pouco gata manhosa querendo colo e uma cama pra deitar.
Às vezes, quando o sorriso brota tímido de um cantinho da boca, toma a alma e me anima e me faz seguir em frente, um pouco insegura talvez, mas contente.
À vezes a melancolia bate forte, como hoje nessa tarde chuvosa, trazendo velhos pensamentos esquecidos em alguma prateleira da estante, me fazendo calar.
Às vezes fico assim, duvidosa, dividida, meio-a-meio...
E às vezes a foto preto e branco capta minha alma, revela-me a mim mesma, quando quero me encontrar...
Às vezes...

Thursday, February 07, 2008

A trilha certa!

Eu amo música e não vivo sem, isso é fato! E no meu modo de perceber as coisas, percebo que existe uma trilha sonora pra tudo! Nossas moléculas se movem de acordo com a vibração da música que ouvimos.
Já pararam pra perceber, que sempre naquele momento do clímax do filme, aonde o assassino está prestes a alcançar a moçinha, entra uma música acelerada, arrepiante pra nos deixar ainda mais com os nervos a flor da pele e acabar com as cutículas da unha???
Da mesma forma, naquele momento mágico do casal protagonista, onde depois de tantos desencontros, seus olhares se cruzam ao longe e por instantes temos a sensação de que o mundo ao redor deles parou de existir, já preceberam que sempre entra uma música baixinha que vai aumentando para explodir à medida que eles correm em câmera lenta em direção um dou outro? Ai ai! A forma que os cabelos dela voam quando ele a gira no ar...
Então. Para todos os momentos da vida existe uma trilha sonora perfeita! A trilha sonora deve ser perfeita, afinal ela pode tanto tornar um momento especial inesquecível quanto acabar com ele...
A trilha sonora deve ser cuidada com carinho e cautela, é um ítem importantíssimo! Prova disso é que existe uma categoria no Oscar todinha dedicada à ela. Trilha de romance, de suspense, de aventura, trilha pra fazer rir e chorar...
No momento atual, estou com uma trilha sonora "fossa". Como sou uma pessoa um pouco extremista em alguns casos, se estou triste, ponho uma música mais triste ainda, daquelas de cortar os pulsos, só pra intensificar a dor e a angústia e chorar todas as lágrimas possíveis até esgotar todo o reservatório lacrimal do organismo... Dessa forma vivo o momento fossa até o fim, com todas as minhas forças, choro tudo o que preciso até naum ter mais o que chorar. Até aquilo ficar ridículo e patético e eu poder rir de mim mesma naquele estado deplorável.
Sei, pode parecer que sou 8 ou 80, e talvez eu seja mesmo, mas e daí?
Quem nunca se embriagou com um vinho de quinta ouvindo Maysa, Maria Creusa, Lupcíneo ou Cauby, que me atire a primeira pedra! E que se eu cair, que caia com classe e em câmera lenta ao som do melhor da fossa!
Porque "você há de rolar como as pedras que rolam na estrada, sem ter nunca um cantinho de seu pra poder descansar..."
E tenho dito!

Wednesday, February 06, 2008

O depois.


"Estava à toa na vida, o meu amor me chamou, pra ver a banda passar cantando coisas de amor...

.. e lá fui eu, foliã saltitante pular carnaval naquela terra distante! Terra de encantos e orixás, de sol, de sal, de mar. De mistura de cores, cheiros, sabores.

Cabelo preso, flor no cabelo, bebida na mão, samba no pé, sorriso no rosto e na alma, pronta pra me jogar de cabeça e renascer na quarta-feira de cinzas!

Carnaval é festa do povo, da alegria, da euforia- às vezes um pouco desmedida- mas é festa pra se pular! Pra se jogar!

No carnaval não tem rico e nem pobre, todo mundo é nobre! Todos pulando no mesmo pulsar!

No carnaval tem pierrot e colombina, tem um folião em cada esquina, muito confete e serpentina pra enfeitar a vida que se leva, cada dia mais difícil de levar...

No carnaval as esperanças se renovam e as energias se recarregam para o ano que vai começar...

... mas para meu desencanto o que era doce acabou, tudo tomou seu lugar depois que a banda passou. E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor, depois da banda passar, cantando coisas de amor..."


O penúltimo da prateleira.

Tem uma autora que eu gosto muito e tenho lido muito ultimamente - já estou indo pro quarto livro dela- que tem me feito refletir sobre várias questões e me poupado gastos com o analista: Martha Medeiros!
Pra quem não conhece -mas deveria muito conhecer!- ela é uma autora gaúcha bastante interessante, já escreveu vários livros e algumas peças de teatro, umas delas inclusive indicada ao prêmio shell de melhor atriz pela interpretação de Lília Cabral. A Martha escreve muito sobre a vida, fatos cotidianos e principalmente sobre relacionamentos, parte que mais gosto...
É impressionante como algumas coisas só ficam claras depois q os relacionamentos acabam. Às vezes são coisas super gritantes, mas a gente só se dá conta depois do fim.
E eu tô aqui agora, no conforto da minha cama de casal- que não tem um casal- ouvindo Chico e a seguinte frase de uma de suas músicas: " Devolva o Neruda que você me roubou e nunca leu"... Mera coicidência? Talvez...
Vá lá, não era um Neruda, mas era um puta livro difícil de achar, em perfeitas condições, pinçado duma pilha imensa e empoeirada de um sebo. Raridade!
E eu cá com meus botões concluo o seguinte: o pior do términos dos relacionamentos são os livros e cds que não veremos mais!!! Porque há de se convir que livro é uma coisa que a gente não pede devolta! Ou a pessoa tem o cimancol e devolve, ou "aurrevoir mon chéri", ou perdeu um livro pra sempre.
Pode parecer que a minha conclusão é um pouco exagerada, e talvez até seja, mas que era raridade era...

A hora do "sim".



Diz o ditado popular que "os olhos são o espelho da alma". Não preciso dizer que concordo.

Os nossos não escondem nada, deixam tudo transparente, estampado pra quem quiser ver...

A menina dos nossos olhares estava todo o tempo lado a lado. Tudo foi realçado naquele fim de tarde chuvoso que ficou pra sempre eternizado naquele click em preto e branco, onde o branco dos nossos vestidos foi manchado pelo borrado das nossas maquiagens, pelo amasso dos nossos abraços... Já faz algum tempo, é bem verdade, mas parece que foi ontem. O espaço de vocês permanece e o calor dos abraços ainda aquece... e vai aquecer ainda por um bom tempo esse coração que foi tomado de supetão pela candura de seus sorrisos...

Assim eu renovo meus votos e digo: " Sim, eu aceito!"

Thursday, January 24, 2008

Na latrina.



Pausa para reflexão num momento de solidão...

Amo e não nego!





















E a noite acabou assim. Depois de um teatro gostoso com os amigos pra rir, fomos parar na boemia da Lapa no show "daquela garota", a Thalma.

Voz de passarinho ela tem. Simpatia e força que tomam a gente num piscar de olhos, num refrão.

Cervejinha, jabá com gerimum pra segurar a onda que ninguém é de ferro e musiquinha gostosa pra fechar!

Abraços, beijos, muito beijos. Risadas, muitas risadas! Com vocês tudo é muito bom!

E com "essa menina", a Thalma, pra abrilhantar...

Eita lelê que a noevla acabou, mas vocês continuam!

Assim é que é bão!

Amo e não nego, e não largo mais não!


P.S: As apóstrofes são piadas internas...

Renascendo.

Dia desses ao chegar em casa, semi-bêbada, ainda embriagada,
me aproximei da janela e foi essa a vista que tive. Fiquei lá, emudecida, estatelada, que nem um dois-de-pau, parada,
sem palavra que pudesse dizer, sem conseguir descrever aquele sol nascendo, crescendo por detrás do morro.
Brisa leve no rosto, cheiro de manhã chegando, raio de sol pra aquecer, pra iluminar!
Pra mostrar que a vida é mesmo assim, pára não menina!
Nasce e renasce a cada dia! Incansavelmente.
É persistente essa menina, a vida. Você bem sabe, nasceu pequenina, podia não vingar, mas vingou! E tá aqui pra contar a história, a tua história!
História que você faz a cada dia, quando sai e se anima, quando dança, canta e bebe. Sorri, tropeça e bebe mais um pouquinho. Você bebe sim, está vivendo! Tem gente que não bebe e você sabe bem o que acontece...
Daí você chega em casa, trocando os pés, rindo, feliz por estar viva! E se depera com a prova mais cabal que a vida pode te dar. Esse sol tái na tua cara pra te mostrar, que a vida renasce a cada dia menina. Por isso, se preocupa não, que o amanhã sempre vem, nascendo assim por detrás de um morro qualquer...

Wednesday, January 09, 2008

Não há lugar melhor que o nosso lar!


Poucas pessoas sabem... Mas eu vim de Kansas...

Wednesday, January 02, 2008

Menino Novo

É. 2008 chegou. Como quem não quer nada, ele veio bem de mansinho, sorrateiro e se instalou sem perguntar se podia. Fez tudo passar num piscar de olhos, numa breve pausa de respiração.
Mais uma vez a roda gira e a gente vai junto!
Tanta coisa aconteceu no ano que passou. Um ano de mudanças, tanto do lado de fora quanto do lado de dentro...
Da janela da minha casa eu vi os fogos, ouvi as risadas, as lá de fora e as daqui! Vi o desejo de paz desfilar pelas ruas de mãos dadas, vi a alegria no sorriso das pessoas... E na hora que esse danando de 2008 chegou, eu vi os fogos lá do outro lado, os daqui, os de acolá... por todos os cantos! Todos se despedindo da moça 2007 e encarando de peito aberto, de frente esse 2008 que acabava de chegar.
E da janela ainda, eu chorei baixinho, pra ninguém ver. Uma lágrima escorreu solitária do canto do olho, lavando a alma, o espírito e me ajudando a agradecer, da minha forma, à Papai do Céu por tudo!
Tchau 2007! Você vai ficar marcado pra sempre na memória, no coração!
Seja bem vindo menino novo!