Wednesday, January 25, 2006

Tô querendo sorrir!



Depois de um dia de calor intenso, acho que São Pedro resolveu dar uma trégua e abrir a torneirinha lá do céu... Estava demais!
E mais uma vez estou eu aqui, no mesmo bat-canal, n amesma bat-hora... o que aliás, está se tornando um hábito, não sei até que ponto bom. Mas pensando sobre isso, chego à conclusão que escrevo melhor à noite, por alguma razão que não sei explicar. Pelo silêncio talvez. Com o silêncio da madrugada, sem todos aqueles barulhos do dia-a-dia, consigo ouvir melhor os meus pensamentos... só eu e alguns pássaros, mais a companhia d euma meia dúzia de grilinhos talvez...
Hoje o dia foi corrido. Confesso que passei boa parte dele na cama, rolando de um aldo pro outro...mas estava tão bom, que a preguiça de levantar por um certo tempo me venceu!
Minha irmã deu uma passada rápida por essas bandas, o que foi bom, pois de poquinho em pouquinho matamos a saudade acumulada...
Hoje reli todos os textos que escrevi aqui desde que decidi me render à seduçaõ da internet...
Sabe que gostei? acho que a prática de escrever estão me ajudando a pôr os pensamentos em ordem...
Tava achando algumas coisas meio melancólicas, confesso. Mas como diz um amigo meu: "É da dor que se faz poesia e canções!"
Mas uma vitoriazinha no dia de hoje. Sinto que aos pouqquinhos vou me fortificando, tomando novamente as rédias de mim mesma. Isso é bom!
Hoje chegaram os convites d aminha peça. Estão uma gracinha! A lista tá grande e tenho que entregar logo pras pessoas.
Amanhã voltamos aos ensaios e à convivência louca e deliciosa! Estou com saudades das minhas A.M.I.G.A.S. e A.M.I.G.O.S! As borboletas no estômago começam a se manifestar só de pensar na estréia!
Nossa hoje bebi tanta água!Uns dois litros no mínimo! e ainda quero mais! acho que o organismo está pedindo pra eu repôr todos os litros que perdi chorando, só pode ser! rs.
Ai ai! expectativas, expectativas, expectativas! em relação à tudo! nossa, quanta coisa tô querendo, quanta coisa tô desejando! acho que vou bater os calcanhares três vezes pra elas acontecerem...
Hoje dei mais uma animadinha. Aos poucos o meu "animômetro" vai marcando mais uma subidinha. Yes!!!! Quem diria, não? Acho que foi a passadinha da irmã por aqui que trouxe um ventinho bom lá de minasssss... Fiquei assistindo à uns vídeos hoje também. Revi e revivi todo o processo que passei pra entrar na novela. Êta processo longo e árduo!
Lembrei de tudo o que passei, dos momentos bons e ruins, da batalha que era a cada dia estar lá naquele lugar, tentando provar pras pessoas o meu valor e tentando buscar meu cantinho ao sol!
E êpa... olhando assim pra trás, não é que eu consegui, sô!
"O tempo passa, o tempo voa", e como a poupança bamerindus já está extinta, a batalha continua! Continuo aí na vida. Batalhando e correndo atrás dos meus sonhos, dos meus desejos. Que não são poucos...rs ( a pequena aqui é exigente!)
Acho que por hoje basta! Já falei, já organizei a outra gaveta de pensamentos. Falta organizar o meu quarto que tá uma bagunça! mas isso é uma tarefa pra para outro dia... Por hoje chega, que ninguém é de ferro. E também porque tenho uma viagem marcada para a terra dos sonhos jájá...
Deixe-me ir porque senão eu perco o trem!
Hasta la vista, baby!

P.S: essa foto foi tirada na casa da vovó faz algum tempo. Essa aí ao fundo é minha madrinha, tia Adelaide, que devia estar fuçando algo na geladeira...Beijos tia!

Tuesday, January 24, 2006

Coceirinha...

Hoje tô inquieta. Não parei um minuto. A cabeça, que obviamente está grudada no pescoço, pesando com mil pensamentos, não pára de trabalhar....
Tem uma formiguinha aqui fazendo cosquinha na minha mão, me forçando a escrever. As idéias são muitas, tô inspirada por assim dizer!
É verdade, da dor de amor se faz poesia sim. Se cria, se transforma. Tô tentando dar forma aos devaneios, às loucuras da minha desordem mental, às viagens de minha mente psciana.
Ontem vi um filme e me encantei. " Antes do pôr do sol", com Ethan Hawke e Julie Delpy. Lindo! É uma sequência do filme " Antes do Amanhecer". Fala sobre um casal de desconhecidos que se conhecem 'por um acaso', numa viagem de trem em Viena, e que vivem intensamente uma relação sedutora e inesperada. Eles marcam de se encontrar naquela mesma estação d etrem onde se conheceram, seis meses depois. A sequência do filme, se passa nove anos depois, quando suas vidas tomaram rumos diferentes, e ela, Celine, encontre ele, Jesse, no lançamento de seu livro em Paris. Eles têm a chance de retomar sua história do ponto onde pararam. E por aí vai...
Mas enfim, começei a falar nesse assunto, porque depois que vi o filme , pensei sobre várias coisas na minha vida.
Eu que sofro tanto por amor, que sou praticamente uma "Julieta", por assim dizer (pois nesse momento me faltam comparações!), cheguei a conclusão de que quando as coisas têm que ser, elas acontecem, mais cedo ou mais tarde. Não importa se um vai ser um mês depois, ou nove anos...mas elas acontecem.
Lidar com o outro, com os sentimentos do outro, é muito difícil. Você se sente segurando uma taça de cristal na cabeça, enquanto anda em plena corda bamba.
Somos um labirinto, com curvas tortuosas, apertadas, úmidas. E nem sempre sabemos aonde este labirinto vai dar. Pode dar num lindo jardim, todo florido, cheio de rosas e flores do campo; ou num precipício sem fim; mas também podemos dar num jardim mal cuidado, mas onde a terra é boa e firme, e onde basta plantarmos algumas sementinhas, que elas florescerão.
No momento sinto uma maré de positividade. A coceirinha na mão está até passando...
Quem sabe, logo ali na esquina, um novo amor me espera? sei lá... quisera eu que fosse numa livraria em Paris, mas acho que aí já é pedir muito (pelo menos por hora!)...
A vontade de viver tá se intensificando, a saudade começa a diminuir, as expectativas de trabalho a crescer...
Mas tô indo nessa marolinha. Vivendo um dia após o outro, sem pôr o carro na frente dos bois. Me segurando pra não ligar. Enfim, deixar as coisas acontecerem...
Uma vitóriazinha a cada dia!
Minha irmã chega hoje no Rio. Vou dar-lhe uns bons apertos e umas beijocas caprichadas, que é pra quando ela 'vortar lá pra terra do pão de queijo', poder ter um estoquinho de carinho pra gastar.
E assim caminha a humanidade. Não me pergunte pra onde, porque eu não sei! Mas por certo, deve tá todo mundo indo pro mesmo lugar, buscando a mesma coisa: a felicidade!
E eu tô aqui. Sentadinha na minha salinha, de frente pro computador, com o ventilador ligado porque tá um puta calor! (fiz um versinho, viu?)
O sono até que deu uma trégua. Acho que tá gostando de me ver escrever. Tô pensando em escrever um texto pra teatro, mas não sei sobre o quê...
Segunda-feira que vem, dia 30, estréia minha peça. Tô empolgada! Estamos com alguns problemas sim, normal... produção sem patrocínio é quase um suicídio! Mas contrariando as pesquisas e estatíscas, e alguns que desistem no meio do caminho, continuamos seguindo em frente... como boa parcela da humanidade...
"Eu sou brasileira e não desito nunca!" rs. Acho essa frase meio cafona, mas também tem sua pitada verdade! rs
Estou me sentindo mais aliviada agora. A coceirinha na mão praticamente acabou. O coração tá mais calmo, e eu mais feliz comigo mesma!
Agora acho que tá na hora de finalizar, pois esse texto tá ficando grande demais e ainda quero fuçar umas coisas na internet. Quem diria, um ser que se considerava ainda na era Mezozóica, estar me deixandoo seduzir por essa maquininha...
Mas não é que ela produz maravilhas?!

Monday, January 23, 2006

Faxina

A noite chegou, e mais uma vez com ela, o aperto no peito.
O sono teima em não chegar, apesar da ardência nos olhos
já cansados de tanto chorar...
Hoje o dia foi de faxina no quarto,
de mudança nos porta-retratos,
guardar tudo na caixinha,
juntar todas as lembranças pequeninas,
tirá-las de circulação.
Hoje, infelizmente, tive que te matar um pouquinho
no meu coração...

Sunday, January 22, 2006

Mulher Maravilha

Altas horas da madrugada, muitas tentativas, incansáveis tentativas de recuperação se senha despois... aqui estou eu novamente!
coração apertado, pensamento insistente... vontade de chorar que vai e volta.
A vida continua, apesar dos seus percalsos, apesar dos seus desencontros... Êta desencontro chato! a sensação do filme já visto incomoda, entristece.
Não gosto de reprises! a não ser quando o filme é muito bom! mas quando o filme é muito bom, ele não sai de cartaz...
O amor que tenho no peito não sei onde enfiar, o que fazer com ele. parece uma batata quente, pelando na mão!
Tenho medo do que vai ficar. se boas lembranças, carinho e tenro amor, ou mágoas e ressentimentos... tenho medo! o nó na garganta aperta e válvula de escape começa a fazer seu trabalho! as lágrimas lubrificam os olhos, lavando e levando a angústia embora.
a falta que faz, o sorriso que iluminava já não está mais aqui. ficou só a sensação do vazio.
Sofro demais, eu sei. Mas o que posso fazer? preciso sofrer até a última gota, até virar a garrafa inteirinha... senão não adianta.
"Como será o amanhã? responde quem puder! ". Eis uma frase que me inspira no momento!
Deixo o jogo na mão de Deus. Ele mexe as peças.
O sono dá sinal, a cama chama, mas o espaço vazio ao lado me incomoda. Me expulsa da cama...
Semana longa, difícil. Boas surpresas! Cantoria na casa dos vizinhos. Surpresa agradabilíssima! Lição de vida que tomei!
O choro cessa. Acho que já posso dormir. Na cama, só eu e meus pensamentos, meus companheiros. Esses não vão embora nunca!
Amanhã recomeça tudo! Correr atrás de trabalho! É preciso recarregar as pilhas, rearrumar o quarto, os portas retratos... Sacudir a poeira e seguir em frente!
"Pra cima e avante!", diria o Super Homem. Eu não sou a mulher maravilha, eu sei...mas duvido que ela também nunca tenha sofrido por amor...

Monday, January 16, 2006

Transeuntes...

Exatos 15 dias depois, eis-me aqui de volta. se alguém quiser saber o porquê do sumiço, a resposta é: problemas com a internet... ainda somos estranhas uma pra outra.
Minha cabeça, como sempre, está borbulhando de pensamentos... vários!
Parece até o centro da cidade, em dia de semana, na hora do almoço. Como se cada transeunte apressado que passa, fosse um pensamento.
Todos eles passam pela minha cabeça. Das mais diversas ordens, das mais diferentes naturezas. Mas principalmente dois, passeam insistentemente, sem chegar a um lugar definido... trabalho e amor...
Hj vi o filme sobre Bethânea. Adorei. Simples, mas cativante. Que força, que mulher! Que encanto que ela possui eu não sei, de onde vem essa força que vibra na voz, eu também não sei... só sei uma coisa. O brilho no olhar vêm da alma, do coração... mais uma vez estou eu voltando À questão do olhar...rs.
Meu coração salta. Minha voz estremece, minhas pernas ficam bambas e o sangue parece sumir... às vezes sinto um arrepio que parece vir da alma. Uma vontade de chorar que parece vir de um canto escondido, guardado à sete chaves...
Inseguranaç. Êta trem chato! só faz me boicotar...queria não sentir medo, ser sempre segura, ter certeza das coisas. Mas sei que não dá. Sentir insegurança é inerente ao ser humano. Vá lá, alguns são mais, outros menos... eu faço parte do primeiro grupo.
O futuro é incerto. Dele só tenho a certeza de que será fruto do que eu plantar agora. Por isso tenho tentado plantar boas sementes para colher bons frutos.
São tantas as coisas que tô pensando, que tô tentando botar pra fora, que parece que o pensamento anda rápido demais. Os dedos não conseguem acompanhar o raciocíneo...
Hoje tô me sentindo pequeneninha. Do tamanho de um botão...
Muitas reticências. Mas elas dão conta do recado...deixam o pensamento frouxo, solto no ar... flutuando como um balão. Se o balão vai voar muito alto, ou vai estourar no meio do caminho eu não sei...mas ele vai indo. Vai dar em algum lugar.
Queria ter um manual de intruções para lidar com sentimentos. Os meus. Os dos outros. MAs com os meus primeiro, é claro.
Não sei não sentir as coisas. Não sei ignorar o que sinto. Não sei não falar o que sinto. Preciso falar, extravasar, compartilhar, botar pra fora.... não quero criar pra mim uma bomba. Basta o estrago causado à Nagasaki. Já deu pra ter uma idéia do estrago que a dita cuja fez.
Onde começo eu e onde termina o outro? Sei não... tô tentando descobrir...
Que difícil. Tá complicando...
queria aprender uma expressão matemática pra isso. Eliminar as chaves, depois os parênteses, depois os colchetes, e enfim chegar ao resultado. Das aulas de matemática ainda lembro que + com +, é igual a +; + com -, é igual a -; e - com -, é igual a +. Será que é isso mesmo?
Será que na vida, fora dos problemas que áprendemos nos livros da escola, segue as memas regras? Será que possui o mesmo resultado?
Ouvi uma frase esse dias que achei boa: "- Os opostos é o caralho!" . Boa frase, concordo.
Não acho que seja esse o caso, mas... Sempre, segundo aprendi na escola, há um máximo divisor comum e um menor múltiplo comum.
Queria um manual pra saber lidar com determinadas coisas... O ratinho aqui dentro continua roendo... e os transeuntes do centro da cidade, passando...

Monday, January 02, 2006

Olhos de primeira vez


Segundo dia do ano... surpreendentemente e num piscar de olhos, 2006 chegou. Li ontem no jornal de domingo, um texto do Paulo Coelho, muito interessante. O texto falava sobre olhar as coisas rotineiras, como se fosse a primeira vez que as víssemos. Achei lindo.
Taí algo que eu gostaria de fazer em 2006.
Às vezes deixamos passar coisas importantíssimas nas nossas vidas, por pura falta de atenção. Nosso olhar já está vacinado contra tudo o que vemos no nosso dia-a-dia; contra os sinais de trânsito, contra os panfleteiros que vivem a distribuir papéis no centro da cidade, contra os pedintes nas ruas, contra as crianças que fazem malabarismos nos sinais, fazendo de suas próprias vidas um malabarismo...
Andamos sempre apressados pelas ruas, sempre olhando o relógio, porque o tempo que temos nunca é o sufieciente para cumprirmos com nossas tarefas... Esse danado do tempo. Sempre a nos pregar peças...
E nessa correria toda, deixamos de enxergar.
Vemos as pessoas que passam perto de nós... no trânsito, no elevador, o vizinho do lado, o padeiro, o entregador de cartas... As vemos, é verdade. Mas não as enxergamos...
Acho que esse é o grande mal da humanidade. Não enxergamos mais uns aos outros. Passamos por cima do próximo, por cima de seus sentimentos e pensamentos. Olhamos até as crianças, de cima pra baixo. Natural não é mesmo? Não. Os índios, sábios índios, se abaixam ao nível dos seus pequeninos para falar-lhes. Se põe em seu lugar, à sua altura, para mostrar que somos todos iguais, que temos direitos iguais, independentes de sermos adultos ou crianças...
Nesse ano desejo olhar o próximo com outros olhos. Olhos de primeira vez...
Aliás, desejo olhar a vida com outros olhos. Olhos de quem quer sentir a vida correndo nas veias...de quem quer fazer pulsar mais forte o coração...
Neste ano quero engolir a vida com os olhos. E como nos filmes de ficção científica americanos, deixar que meu olhar me identifique, que minha 'menina dos olhos' diga aos outros quem eu sou...e que eu também possa descobrir quando me olhar no espelho.
Como diz o ditado, os olhos são a janela da alma...
Então, que nesse ano todos possamos abrir nossos olhares, expandir nossa visão como a de uma águia, que enxerga longe ou como a de uma coruja, que enxerga muito bem no escuro.
E que olhando sempre em frente, na linha do horizonte, possamos ir longe. Até onde nosso olhar e coragem nos permitir!
Feliz Olhar Novo!