Saturday, May 20, 2006

Pois é. Muitos e muitos dias - ou melhor- meses depois, ela está de volta! Depois de muitas tempestades, o tempo começa voltar ao normal. Dá até pra ver por trás do monte, um raio de sol que ameaça sair...trazendo calor...
Ela, refeita, depois de muito chorar, espernear,
após muitas noites sem dormir, virando de um lado pro outro,
depois de muito falar, incansavelmente, se conformou.
Entendeu que as coisas são assim mesmo. Vão e vêm.
Certo fim de tarde, parou e olhou o mar.
Percebeu que esse é o movimento natural das coisas.
Não adianta querer negar, tapar o sol com a peneira, até porque,
do que adianta? O sol é tão belo, não precisa ser tapado, pelo contrário,
há que se deixá-lo brilhar!
Nada dura pra sempre, ela pensa. Poderia até tentar fazer com que tudo permanecesse sempre igual.
mas aí não seria verdadeiro, real. Então não valeria a pena.
Ela o amava. Intensamente. Apaixonadamente. Mas cansou de amar sozinha.
Decidiu então se amar. E não é que ela está se saindo bem?
Surpresas no caminho... belezas naturais, outras belezas no caminho...
E o tempo vai passando. Cada vez mais rápido. E ela não tem mais tempo nem vontade de sofrer.
Ela quer é rir. Rir da vida, de si mesma, dos outros. Da moça andando cantando sozinha pela rua, e da criança desengonçada dando os primeiros passos...
Uma nova porta parece estar entreaberta.
Risco? Talvez. Mas e daí? As coisas vão e vêm mesmo...
Ai essa moça, essa moça! que gosta de bater perna, de rir e de brincar,
de beber e de amar... e de ser amada!
E que gosta de ler, de café com creme, de cristais e de cafuné.
Gosta de sexo, de filmes antigos, de rosquinha de padaria e de ovo frito.
Gosta de rir até cansar, de se emperequetar e de olhar no espelho.
Gostar de tomar cerveja, e e não ter hora pra voltar.
De ver gente, de abraçar, de beijar.
Ela gosta de quem gosta dela. Do sol, do mar. De dormir...de sonhar...
Êta menina sapeca, levada da breca!
Sai menina, vai viver a vida! Vai correr por aí,
tropeçar por aí, crescer por aí...
Vai viver a vida menina! Fica parada não!
Não se sinta culpada não, tira esse peso dos ombros que ele não te pertence mais!
Vai rir por aí!
Vai perambular por aí!
Vai viver por aí!
Vai, vai...
E depois, me conta como foi...