Friday, December 14, 2007

Embrulho pra viagem.

...
É no espaço de um suspiro que fica resgistrado o que tô sentindo.
Como as palavras me faltam e a voz não consegue sair de embargada, o suspiro faz o serviço.
E muito bem por sinal!
Ela pediu. E aconteceu. Da melhor forma que podia acontecer, no melhor momento.
Foi forte, intenso e verdadeiro. Tudo. Todas as vírgulas, todos os parênteses, cada ponto - que nunca era final, mas sim acompanhadode uma vírgula - mesmo sabendo que um dia o derradeiro viria...
Foi bom pra caralho!
Todos os erros e os acertos. Todas as falhas, todos que estavam lá. Foi bom e por muito tempo ainda será.
Ela quis viver. Pois viveu.
Ela quis conhecer. Pois conheceu.
Ela quis encontrar. Pois encontrou. E olha que não foram poucos. Foram muitos... e especiais!
Se entregou.
De corpo e alma.
Vestida ou nua, mas se entregou.
Tiveram dias de alegria, de fartura. Outros de falta, de vazio. Mas todos únicos.
E quando foi chegando perto do fim, ela começou a degustar ainda mais. Cada dia como se fosse o último, o único. E era...
Ela aprendeu nos caminhos da vida, tortuosos ou não, que tudo passa. Sempre.
Por melhor ou pior que seja, mas tudo passa.
Optou por viver cada dia, conhecer cada um sem saber o que seria do amanhã. Mas com a certeza que independente do viesse a ser, seria maior, seria positivo, seria único e especial.
Ai ai...
Suspiro novamente. Pra tentar retomar o pensamento, o fio da meada...
Ela, a ansiosa, a intensa, a inquieta, queria dar a volta ao mundo em oitenta dias, provar de cada sumo o sabor, apalpar de cada corpo a textura. E assim o fez...
Sem remorso. Sem ressentimentos. Só com confiança, amor e saudade.
E é isso que ela leva de tudo isso. Do somatório o positivo, do multiplicativo o aumentativo.
Ela empacotou tudo, pôs debaixo do braço e levou embora...

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